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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Mesmo níveis “seguros” de chumbo são perigosos para crianças

Mesmo níveis “seguros” de chumbo são perigosos para crianças

 




De acordo com pesquisadores britânicos, a exposição de crianças a níveis de chumbo considerados seguros pode ser prejudicial ao seu desenvolvimento intelectual e emocional. Os pesquisadores acreditam que os efeitos tóxicos do chumbo no sistema nervoso são encontrados mesmo quando os níveis de chumbo no sangue são menores que o limite máximo da toxina.
O estudo foi realizado pela Universidade de Bristol, e utilizou amostras de sangue de 582 crianças de até 30 meses. Os pesquisadores descobriram que 27% das crianças tinham níveis de chumbo acima de 5 microgramas por decilitro de sangue – o limite considerado seguro é de 10 microgramas.
O estudo acompanhou o progresso das crianças em intervalos regulares e então analisaram a performance escolar e emocional das crianças quando elas atingiram oito anos de idade. Após eliminarem fatores que poderiam influenciar os resultados, os pesquisadores descobriram que os níveis de chumbo no sangue das crianças têm um impacto enorme com o rendimento escolar, comportamentos anti-sociais e hiperatividade das crianças.
Quando os níveis de chumbo eram menores de 5 microgramas por decilitro, os efeitos não foram encontrados. Já quando os níveis ficavam entre 5 e 10 microgramas, os problemas de leitura eram 49% maiores e os de escrita eram 51% maiores que o de crianças sem o chumbo no sangue. Acima de 10 microgramas, os efeitos eram ainda mais intensos: as crianças têm três vezes mais chances de ter um comportamento anti-social e hiperatividade.
Apesar de organizações governamentais e campanhas tentarem diminuir as emissões de chumbo e combater os níveis do composto na atmosfera, a Organização Mundial de Saúde estima de metade das crianças com menos de cinco anos têm níveis de chumbo que excedem o limite de 10 microgramas por decilitro.

Educação infantil de qualidade ligada a melhor estilo de vida e menos crime

Educação infantil de qualidade ligada a melhor estilo de vida e menos crime

 




Educação realmente é o futuro. Um novo grande estudo descobriu que a alta qualidade da educação pré-escolar tem um impacto forte e positivo na idade adulta.
Mais de 1.400 indivíduos participaram da pesquisa, cujo bem-estar foi monitorado por até 25 anos (começando com os indivíduos em idade pré-escolar, acompanhando-os anualmente até a idade escolar e, mais tarde, periodicamente através do início da vida adulta).
Os resultados: aqueles que haviam participado de um programa infantil que começava na idade de 3 anos apresentaram níveis mais elevados de escolaridade, socioeconômicos, de habilidades profissionais, e de cobertura de seguro, bem como menores taxas de abuso de drogas, crimes e encarceramento do que aqueles que receberam educação infantil habitual.
A pesquisa focou nos participantes de um programa de financiamento público de desenvolvimento infantil, que começa na pré-escola e fornece até seis anos de serviço nas escolas públicas de Chicago, EUA.
Os pesquisadores estudaram o desenvolvimento educacional e social de uma parte da população minoritária, com a mesma idade e de baixa renda (93% eram afro-americanos) que participaram desse programa.
O estudo relata os participantes na idade de 28 anos, quando eles encontraram os resultados mais positivos entre os 957 indivíduos que fizeram parte do programa de pré-escola (especialmente homens e crianças que abandonaram o ensino médio).
Efeitos positivos também foram encontrados em relação à duração dos serviços: os participantes que ficaram de 4 a 6 anos no programa, da pré-escola ao terceiro grau.
O grupo controle de 529 indivíduos da mesma idade participaram de programas alternativos em escolas selecionadas aleatoriamente e que combinavam com seu estado socioeconômico.
Entre os principais resultados (grupo pré-escolar em relação ao grupo de controle), foram encontrados: 9% mais ensino médio completo (homens 19% mais); 20% maior nível socioeconômico; 19% mais cobertura de seguro de saúde; 28% menos abuso de drogas e álcool (somente homens, 21% menos); 22% menos acusações criminais (a diferença foi de 45% para crianças com abandono do ensino médio); 28% menos experiências de encarceramento ou prisão.
Os participantes que ficaram de 4 a 6 anos no programa (pré-escolar ao terceiro grau) em relação ao grupo de controle com menos de 4 anos de programa, tinham 18% maior nível socioeconômico, 23% mais cobertura de seguro de saúde privado, 55% mais nível de graduação e 36% menos acusações ou prisões por violência.
Segundo os pesquisadores, quando se segue as pessoas por mais de duas décadas é possível uma compreensão de como as primeiras experiências afetam o desenvolvimento posterior.
A conclusão é de que uma cadeia de influências positivas iniciada por grandes vantagens na preparação para a escola e envolvimento dos pais leva a um melhor desempenho escolar e matrículas nas escolas de maior qualidade e, finalmente, a um maior nível socioeconômico e de escolaridade.
Os cientistas dizem que os EUA gastam muito pouco em prevenção. Segundo eles, os programas pré-escolares são alguns dos mais rentáveis (o custo-benefício vale apena) de todos os programas sociais.
Eles alertam que, já que metade da diferença de desempenho entre crianças de maior e menor status econômico já existe aos 5 anos, as intervenções de educação precisam começar ainda mais cedo.
Os pesquisadores afirmam que a chave para o sucesso está na qualidade do programa e seus professores, na oportunidade de mais de um ano de participação, em turmas pequenas, em serviços que abrangem a família, em currículos baseados em atividades estruturadas focando linguagem e alfabetização, e na atenção para a continuidade da aprendizagem da pré-escola nas séries iniciais.

Taxa de mortalidade infantil cai de 12 para 7,6 milhões nos últimos 20 anos

Taxa de mortalidade infantil cai de 12 para 7,6 milhões nos últimos 20 anos

 




Uma ótima notícia para a humanidade: mais de 12 mil crianças estão sendo salvas a cada dia, graças a algumas melhorias de vida que estão chegando a países mais pobres, reduzindo a taxa de mortalidade infantil pelo planeta.
O número de crianças com menos de 5 anos que morrem anualmente caiu de 12 milhões em 1990 para 7,6 milhões em 2010, de acordo com um novo relatório da UNICEF e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
As duas agências da ONU afirmam que há muitas razões para essa melhoria de condições de vida, incluindo o maior acesso aos cuidados de saúde e medidas preventivas como a vacinação.
Os números são positivos, mas ainda é preciso fazer muito mais para que todas as nações alcancem as metas de desenvolvimento da ONU, que pedem a redução da taxa de mortalidade infantil em dois terços de seus níveis de 1990 até 2015.
Focar um maior investimento nas comunidades mais desfavorecidas poderá a salvar a vida de muito mais crianças.
“A notícia de que a taxa de mortalidade infantil na África subsaariana está declinando de forma duas vezes mais rápida do que era há uma década mostra que podemos fazer progressos, mesmo em lugares mais pobres”, afirma Anthony Lake, diretor executivo da UNICEF. “Mas não podemos, nem por um momento, esquecer o terrível fato de que cerca de 21 mil crianças morrem todos os dias por causas evitáveis”, completa.

Ver pornografia na internet faz crianças acharem que estupro é comportamento normal

Ver pornografia na internet faz crianças acharem que estupro é comportamento normal.

 




O alerta está sendo dado pela Sue Berelowitz, Comissária para a Infância no Reino Unido, que aponta que não há cidade ou vila em que as crianças não estão sendo vítimas de exploração sexual. O número de vítimas está na casa dos milhares e, segundo Peter Davies, diretor do Child Exploitation and Online Protection Centre, uma em cada 20 crianças é vítima de abuso sexual. E o acesso precoce à pornografia na internet está na raiz desta exploração: as crianças estão crescendo com uma visão totalmente deturpada do que é sexo e do que é um comportamento sexual normal.
Alguns dos meninos que estavam envolvidos em atos de abuso sexual falaram que “era como estar dentro de um filme pornô”. “Eles viram coisas e depois repetiram o que viram. Definitivamente isto afetou os limites do que eles pensam ser normal”, contou Berelowitz.
A exploração sexual aparece de diversas formas, desde crianças que vão para um parque para encontrar um amigo virtual e acabam sendo estupradas por gangues de outras crianças (e outros grupos de crianças são convocadas por celular para estuprar a mesma criança em outra parte do parque, em uma tortura sexual que, em um caso descoberto recentemente, durou alguns dias), ou crianças de 11 anos que acham que tem que praticar sexo oral em grupos de outras crianças durante períodos de até duas horas, até adultos que se passam por crianças em sites online como o Habbo ou o Facebook, onde um homem de 40 anos que se passava por um menino tinha mais de 1.000 meninas entre 12 e 14 anos como “amigos”.
No site Habbo, uma produtoras de televisão (Channel 4 News, do Reino Unido) se fez passar por uma criança de 13 anos. Depois de dois meses de experiência, Rachel Seifert relatou que o bate-papo era bastante sexual, perverso, violento e pornográfico, além de bastante explícito. Logo nos dois primeiros minutos de acesso, já perguntaram se ela tinha webcam, e pediram para ela tirar toda a roupa.
Como se não bastasse as crianças acharem normal o estupro e a violência sexual, ainda existem adultos que as obrigam a fazer sexo e filmam tudo para garantir a cumplicidade delas, criando uma “rede de abusos”. Também existem pessoas usando artifícios ilícitos para obter sexo, como um grupo de homens que foi condenado por dar bebidas e drogas a meninas de 13 anos para usá-las para o sexo.
Enquanto controles mais rígidos não são regulamentados, como um sistema de opt-in em que a pornografia é bloqueada por padrão por provedores de internet (a menos que os pais solicitem o desbloqueio), a organização de Peter Davies está distribuindo filmes em escolas, voltados a crianças com idade entre 5 e 8 anos, ensinando-as como evitar os perigos online.
Seria pouco? O que os pais poderiam fazer para proteger seus filhos? Confira aqui um artigo com dicas para evitar que seu filho seja abusado.

Crianças pensam no outro sexo como se fosse outra espécie

Crianças pensam no outro sexo como se fosse outra espécie

menino menina

Crianças pensam no outro sexo da mesma forma que pensam sobre espécies de animais – por exemplo, elas acreditam que meninos gostam de futebol e meninas preferem bonecas da mesma forma que gatos e cachorros são diferentes.
Este é o resultado de um novo estudo de pesquisadores da Universidade Luterana do Pacífico (PLU) e da Universidade de Michigan, nos EUA, que aparece na edição de Março/Abril de 2009 da revista científica Child Development.
“Esses resultados mostram como as crianças pensam em como suas atividades são culturalmente associadas com o outro gênero. Por exemplo, meninos imaginam como as meninas pensam nas aulas de Matemática ou Ciências”, explica Marianne Taylor, professora assistente de psicologia na PLU, que liderou o estudo.
Os pesquisadores entrevistaram mais de 450 estadunidenses de diversas etnias e condições sociais, entre 5 e 17 anos. Os resultados do estudo confirmaram o pensamento de que adultos e crianças pensam que diferentes espécies têm diferenças biológicas profundas. Mas o estudo mostra que até os 10 anos, as crianças tratam diferenças de gênero como se fossem diferenças de espécie.

Crianças que mentem serão bem sucedidas na vida adulta

Crianças que mentem serão bem sucedidas na vida adulta

 





Se seu filho tem apenas dois anos e já aprendeu a contar mentiras convincentes, não entre em pânico. Ao invés de um problema, você tem motivos para comemorar! Apesar de, à primeira vista não parecer uma atitude louvável, seu bebê já mostra sinais de bom desenvolvimento mental, que se traduzirá numa maior facilidade em se virar sozinho no futuro. Crianças que desenvolvem cedo a capacidade de criar mentiras plausíveis têm mais chances de se dar bem na vida adulta.
“Quase todas as crianças mentem. Aquelas que têm melhor desenvolvimento cognitivo mentem melhor, pois conseguem encobrir seus rastros. Quem sabe serão banqueiros mais tarde na vida”, prevê Kang Lee, diretor do Instituto de Estudo da Criança da Universidade de Toronto, realizador da pesquisa.
Mentir envolve vários processos cerebrais, como unir várias informações e manipular dados para sua vantagem. A mentira está ligada ao desenvolvimento das regiões do cérebro de funções nobres, tais como o uso do pensamento de ordem superior e raciocínio.
Dr. Lee e sua equipe testaram 1.200 crianças de dois a 16 anos.
A equipe de investigação as convidou – uma de cada vez – para se sentar em uma sala com câmeras escondidas. Um brinquedo foi colocado atrás delas. Quando o pesquisador deixou momentaneamente a sala, as crianças foram orientadas a não olhar. Em nove dos dez casos câmeras as flagraram espiando. Mas quando perguntado se olharam, eles quase sempre negaram.
Aos dois anos de idade, 20% das crianças mentiu. Esse percentual subiu para 50% aos três anos e chegou a quase 90% com as criança de quatro anos. A faixa etária que mais enganou foi a de 12 anos, quando praticamente toda criança mentiu na pesquisa.
Se você, pai dedicado, ficou impressionado com os percentuais da pesquisa, relaxe. Segundo os investigadores, não há nenhuma ligação entre mentiras ditas na infância e qualquer tendência a colar em provas da escola ou se tornar um mais tarde na vida.
Dr. Lee diz que flagrar seu filho mentindo não pode ser tratado como uma tragédia, mas deve ser um momento para colocar os pingos nos is. “Você não deve incentivar nem gritar com seu filho, mas sim ensina-lo sobre a importância da honestidade e os problemas e perigos da mentira”, aconselha.

Quer filhos perseverantes? Então dê autonomia a eles!

Quer filhos perseverantes? Então dê autonomia a eles!

 

criança tocando piano

Pais que querem que seus filhos sejam tenazes e gostem de música, esporte, artes ou até mesmo da escola não devem pressioná-los para fazerem nenhuma destas coisas.
Permitindo que as crianças explorem atividades por si mesmas os pais não apenas fazem com que elas encontrem do que gostam mais, mas também as impedem de se tornarem obsessivas. De acordo com psicólogos a paixão por alguma coisa não pode ser forçada, apenas descoberta.
» Como criar uma criança feliz
O estudo se baseou no que especialistas chamam de autonomia – ou seja, fazer algo por seus próprios valores e crenças e não pelos dos outros. Pais controladores fazem com que seus filhos não tenham autonomia e forçam eles a fazer atividades das quais não gostam.
Então quando a criança vai tocar piano não sente paixão pela música e sim um senso de obrigação e medo de desapontar seus pais ou de ser pior do que as outras crianças.
Para conectar a autonomia ao sucesso nas atividades, os pesquisadores analisaram artistas e atletas de diferentes níveis, com idades entre 6 e 38 anos.
Eles perceberam que crianças que aprenderam a tocar instrumentos progrediram melhor quando seus pais não interferiam no processo, deixando-os mais livres. A maioria das outras crianças não progrediu, desistindo ou tendo menos sucesso. Também notaram que aquelas que tocavam o instrumento bem, mas eram obrigadas, estavam se tornando obsessivas, o que não é saudável.
A diferença entre uma paixão saudável e uma obsessão é que as crianças não devem definir suas vidas pelo esporte que praticam, por exemplo, e sim encarar a prática como uma diversão.
» Estimular a imaginação da criança melhora seu apetite
Isso não quer dizer que os pais devem deixar os filhos fazer o que quiserem. Eles devem ter limites e devem ser estimulados, mas isso não significa impor a eles o que fazer.

Crianças inteligentes têm mais chance de usar drogas

Crianças inteligentes têm mais chance de usar drogas

 




Um novo estudo afirma que crianças inteligentes têm mais propensão a usar drogas ilegais como cocaína, maconha e ecstasy quando crescerem.
Os cientistas acreditam que isso acontece como uma forma de evitar o bullying, e também por pensarem que a vida é entediante. Surpreendentemente, o efeito acontece mais com garotas.
Em comparação com as de inteligência menor, um QI alto feminino resulta em uma chance duas vezes maior de usar cocaína ou maconha até os 30 anos. O efeito nos garotos é também notável, com chances 50% maiores.
Uma equipe da Universidade de Cardiff analisou quase oito mil pessoas nascidas em uma semana de abril de 1970, que já participavam de um estudo de acompanhamento durante a vida. Todos os catalogados tiveram seus QIs testados entre os cinco e dez anos. O uso de drogas foi reportado pelos próprios participantes, entre os 16 e 30 anos.
Aos 16, 7% dos garotos e 6,3% das garotas haviam usado maconha. De acordo com o estudo, essa minoria apresentava um QI maior do que os outros.
Aos 30 anos, 35,4% dos homens e 15,9% das mulheres haviam usado maconha, enquanto para cocaína os índices foram de 8,6% e 3,6%, respectivamente.
Os autores comentam que “entre a maioria das drogas (exceto anfetamina nos homens), homens e mulheres que confirmaram o uso nos últimos 12 meses tinham um QI significativamente maior quando crianças do que os que não usaram”.
Apesar do estudo não pesquisar o porquê do uso, não foi encontrada nenhuma evidência de que a classe social dos pais estivesse relacionada com a escolha futura da pessoa.
Entretanto, os autores comentam que outros estudos sugerem que “crianças prodígio – com um QI maior do que 130 – relatam grandes níveis de tédio e de estigmas sofridos, o que poderia aumentar a vulnerabilidade de usar drogas como forma de se isolar”.
James White, da Universidade de Cardiff, comenta: “Apesar de ainda não ser claro o porquê da relação entre um QI alto e o uso de drogas ilícitas, estudos anteriores mostram que essas pessoas estão mais abertas a novas experiências e ansiosas por novidade e estímulo”.

Mulheres obesas ou com outros problemas de saúde tem 60% mais chance de ter filhos autistas

Mulheres obesas ou com outros problemas de saúde tem 60% mais chance de ter filhos autistas

 




Já se sabia que diabetes e pressão alta são dois quadros de saúde que, durante a gravidez, aumentam a chance de complicações no período da gestação e no parto. Um novo estudo, conduzido pela Universidade da Califórnia (EUA), vai além: os pesquisadores afirmam que tais condições aumentam em 60% os riscos de o bebê nascer com autismo.
Mil crianças, com idades entre 2 e 5 anos, foram avaliadas no estudo. Destas mil, 517 tinham autismo e 172 apresentavam outros problemas de desenvolvimento. Com base nos dados das mães de cada criança, descobriu-se que há 60% a mais de chance de gerar um bebê com autismo entre as mulheres obesas.
Estes números são alarmantes quando analisados junto a outra informação: segundo os pesquisadores, 34% das mulheres em idade fértil dos Estados Unidos são obesas, e 8,7% sofrem de diabetes. Combinado a isso, o número de crianças autistas no país cresceu em 78% desde 2002.
Mas por que estas duas coisas teriam relação? Ainda não há consenso entre os cientistas. A teoria mais aceita defende que o quadro de saúde da mãe diabética agrava certas condições imunológicas e metabólicas que, segundo estudos recentes, estão relacionadas ao autismo no nascimento.
Por esta razão, os cientistas acreditam que há uma ligação entre a piora nos hábitos de vida – alimentares, especialmente – da população com o autismo. Não seria surpreendente, segundo eles, que o aumento de mães obesas fosse parte da “culpa”. Mesmo assim, são necessários mais estudos para que este vínculo possa ser confirmado.

Quando as crianças fazem muitas perguntas, dê muitas respostas criança rindo

Quando as crianças fazem muitas perguntas, dê muitas respostas.

 

criança rindo


Muitos pais já devem ter ficado à beira da loucura com as crianças perguntando o porquê de tudo. Entretanto, pesquisadores comprovaram que responder adequadamente às perguntas é importante para o desenvolvimento das crianças, em vez de simplesmente responder “porque sim”.
Os pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, realizaram dois estudos com crianças de dois a cinco anos, analisando suas perguntas de “como” e “por quê”, assim como os pedidos por explicações. O estudo também observou as reações das crianças conforme as respostas dadas pelos adultos.
» Espiritualidade, não religião, é chave para a felicidade infantil
No primeiro estudo, os pesquisadores analisaram as transcrições das conversas diárias de seis crianças de dois a quatro anos com seus pais, irmãos e visitas à sua casa. No segundo, eles observaram as conversas de 42 crianças de três a cinco anos usando brinquedos, livros e vídeos para encorajá-las a fazer perguntas.
Observando às reações das crianças às respostas que recebiam para suas perguntas, os pesquisadores descobriram que elas ficam mais satisfeitas quando recebem uma resposta bem explicativa do que quando não recebem uma resposta. Nos dois estudos, quando as crianças recebiam uma resposta, ela pareciam satisfeitas – concordavam ou faziam uma nova pergunta, sem questionar. Porém, quando recebiam respostas ruins, pareciam pouco satisfeitas, e continuavam repetindo a mesma questão até recebeu uma explicação melhor.
“Observar as trocas das conversas, em especial as reações das crianças aos diferentes tipos de informação que recebem dos adultos em troca das suas questões, confirma que as crianças pequenas são motivadas a procurar explicações”, afirmam os pesquisadores. “Elas usam estratégias específicas para obter as informações: quando perguntam as perguntas de ‘por quê’, elas não estão tentando prolongar a conversa, estão apenas tentando compreender as coisas a fundo”, explicam.
» Estimular a imaginação da criança melhora seu apetite
Como a pesquisa foi realizada com um número pequeno de crianças, os resultados não podem ser generalizados, mas sugerem que, a partir dos dois anos, as crianças começam a contribuir ativamente com o processo de aprendizado sobre o mundo ao seu redor – e é papel dos pais ajudar neste desenvolvimento.

Abuso infantil online dobra em um ano: como manter as crianças seguras?

Abuso infantil online dobra em um ano: como manter as crianças seguras?

 

criança no computador


A proporção de abuso sexual online ligados a ações em sites de relacionamento dobraram em um ano no Reino Unido, de acordo com o CEOP, que recebe até 500 registros de abuso infantil online por mês. Quase 22% desse número agora ocorrem em sites de relacionamento, o dobro do que acontecia em 2008.
Com o crescente aumento do número de crianças que usam a Internet longe da vista dos pais, em celulares e laptops, protetores da segurança infantil afirmam que as famílias devem conversar com as crianças e fazer com que elas sejam mais abertas quanto ao uso que fazem das redes sociais. “Os pais têm que ensinar aos filhos como reconhecer e lidar com pessoas perigosas online”, afirma Vicky Gillings, de um centro da polícia que trabalha contra a exploração infantil e proteção online no Reino Unido, chamado de CEOP.
Uma tática muito comum para o ataque de pedófilos é iniciar amizades através de redes sociais
 , e depois conversar mais intimamente por meio de serviços de mensagens instantâneas, como o MSN – quando as suas intenções aparecem mais claramente.
Surpreendentemente, o CEOP também recebe registros de abuso em várias outras plataformas, como sites pessoais, e-mail e jogos online. “No mundo real, onde quer que as crianças vão, o pedófilo pode seguir, e o mesmo acontece no ambiente online”, afirma Gillings, que completa: “Nenhum site é particularmente perigoso”.
Uma pesquisa realizada em 2008 no Reino Unido mostrou que uma em cada cinco crianças já se encontraram pessoas que conheceram online, e que 25% das crianças entre 8 e 12 anos ignoram as restrições de idade dos sites de relacionamento.
Para reverter este quadro de perigo online e conhecer dicas para ajudar a manter seus filhos em segurança, não deixe de ler esta matéria.

Televisão reduz desenvolvimento cerebral e habilidades linguísticas nas crianças

Televisão reduz desenvolvimento cerebral e habilidades linguísticas nas crianças

 

criança assistindo TV 


Em novo estudo, crianças e seus adultos responsáveis pronunciaram menos vocalizações, usaram menos palavras e conversaram menos na presença de televisão audível. A estudo baseado em população é a primeira deste tipo completada no ambiente familiar, guiada pelo pesquisador Dimitri A. Christakis, médico, diretor do Centro para Saúde Infantil, Comportamento e Desenvolvimento no Insituto de Pesquisa Infantil de Seattle e professor de pediatria na Escola de medicina da Universidade de Washington.
Christakis diz já saber previamente que a exposição à televisão na infância é associada com atrasos na linguagem, problemas de atenção, mas por enquanto não parece claro o porquê. Esse estudo é o primeiro a demonstrar que quando a televisão está ligada, há uma redução do discurso em casa. Bebês vocalizam menos e as pessoas responsáveis por eles conversam com eles menos frequentemente.
O estudo analisou bebês de dois a quatro anos e um total de 329 crianças foram estudadas. As crianças usaram dois gravadores digitais em dias aleatórios mensamente durante dois anos. As crianças usavam um colete projetado especialmente, com um bolso que levava os gravadores a uma distância específica da boca e capturava tudo o que a criança falava e ouvia durante períodos contínuos de 12 a 16 horas. Os gravadores foram removidos somente para dormir, tomar banho e andar de carro. Um programa identificador de discurso processou os arquivos gravados para analisar os sons a que as crianças estavam expostas no ambiente, assim como os sons que eles emitiam.
Os modos de medida do estudo incluíam contagem das palavras dos adultos, vocalizações das crianças e suas conversações, definidas como interações verbais (quando uma crianças vocaliza e um adulto responde vocalmente ou vice versa) dentro de cinco segundos. O estudo descobriu que cada hora de televisão audível estava associada com uma redução significativa na vocalização da criança, além de sua duração e as conversações. Na média, cada hora adicional de exposição à TV também estava associada com uma diminuição de 770 palavras que as crianças ouviam de um adulto durante a sessão de gravação. Isso representa um decréscimo de 7% das palavras, em média.
Houve significativas reduções em ambas as contagens de palavras de adultos do sexo masculino e feminino. De 500 a 1000 palavras a menos de adultos por hora de televisão audível.
Adultos falam tipicamente 941 palavras por hora. O estudo descobriu que as palavras dos adultos são quase totalmente eliminadas quando a televisão está audível para a criança. Esses resultados podem explicar a associação entre a exposição de bebês à televisão e o atraso no desenvolvimento da linguagem. Isso também pode explicar atrasos cognitivos e de atenção, já que o desenvolvimento da linguagem é um componente crítico do desenvolvimento do cérebro na infância.

Aulas de natação não aumentam chances de afogamento em crianças

Aulas de natação não aumentam chances de afogamento em crianças

 

criança nadando


“O mar gosta de pegar quem sabe nadar”. Parece que este dizer atemorizador das vovós está errado, pois colocar crianças pequenas em aulas de natação aparenta ter um efeito protetor contra afogamentos, e não aumenta sua chance, segundo pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde dos EUA.
Os pesquisadores afirmam que o estudo deve reduzir as preocupações entre profissionais da saúde sobre aulas de natação para crianças entre 1 e 4 anos – as quais poderiam indiretamente aumentar as chances de afogamento, pelo fato dos pais e responsáveis ficarem menos atentos quando as crianças estão perto d’água.
“Aulas de natação são apropriadas, como parte de uma estratégia para prevenção de afogamentos”, disse Duane Alexander, diretor do Instituto Nacional da Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano (NICHD). “Pelo fato de mesmo os melhores nadadores poderem se afogar, aulas de natação são apenas parte de uma estratégia para prevenção de afogamentos, que incluem supervisão adulta, treinamento em reanimação cardiopulmonar”.
Para conduzir o estudo, os pesquisadores analisaram históricos médicos e entrevistaram famílias de crianças que se afogaram. A idade das crianças variou entre 1 e 19 anos. Os pesquisadores compararam características de cada criança que se afogou com outra criança da mesma idade e sexo que não se afogou, e que viveu na mesma área geográfica. A análise do estudo foi restrita a locais com índices relativamente altos de mortes por afogamento e onde investigações sobre o assunto são rotineiramente conduzidas.
Das 61 crianças entre 1 e 4 anos que se afogaram, 2 (3%) tiveram aulas de natação. Em contraste, 35 das 134 crianças que não se afogaram (34%) tiveram aulas. A Drª. Ruth Brenner, uma das autoras do estudo, disse que os métodos estatísticos utilizados para interpretar os dados sugerem que aulas de natação oferecem alguma proteção contra afogamento. Não foi possível calcular a extensão deste efeito protetor.
No grupo entre 5 e 19 anos, 27 crianças e jovens se afogaram, dos quais 7 tiveram aulas de natação (27%). Entre os 79 que não se afogaram nessa mesma faixa de idade, 42 tiveram aulas (53%). Os números mostram que aulas de natação ajudaram na proteção, mas as diferenças entre os grupos não foi tão significativa.
Ruth Brenner percebeu que aulas de natação sozinhas não são suficientes para proteger uma criança de se afogar. “No estudo, muitas das crianças que se afogaram, especialmente no grupo mais velho, eram nadadores relativamente hábeis”, conforme escrito no artigo.
Os autores concluíram que seus números indicam que aulas de natação poderiam ser inseridas em um programa completo de prevenção contra afogamento, junto com outras medidas para as crianças, pais e responsáveis.

Amamentação reduz a chance de asma

Amamentação reduz a chance de asma








Quem nunca ouviu falar que o leite da mãe faz bem à saúde? Pois é, ele faz. Um estudo feito com mais de cinco mil crianças descobriu que os bebês que não são amamentados tem 50% mais chance de apresentar sintomas de asma do que aqueles que são.
Crianças pequenas que nunca foram amamentadas são 50% mais propensas a ter catarro persistente e 40% a ter chiado regularmente. Elas também tendem a sofrer mais com falta de ar e tosse seca nos quatro primeiros anos de vida.
Aquelas alimentadas exclusivamente com leite materno durante os primeiros quatro meses de vida mostraram a menor incidência de sintomas asmáticos. Os eventos aumentam um pouco quando, nessa idade, as crianças recebem também leite artificial ou sólidos.
A amamentação pode reduzir a chance de asma reduzindo o número de resfriados e infecções graves causadas pelo vírus da gripe – aqueles que afetam os pulmões.
Estudos anteriores mostraram que o aleitamento materno reduz o risco de infecções nos primeiros seis meses de vida. Outros descobriram que diminui muito a chance de obesidade na infância e – os mais controversos – afirmam que pode deixar a criança mais inteligente e mais comportada.
De acordo com os pesquisadores, mais estudos são necessários para explorar o efeito protetor da amamentação sobre os vários tipos de asma na vida adulta.
As atuais políticas de saúde promovem que o bebê deve ser exclusivamente amamentado até os seis meses, seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde. No entanto, há algumas evidências de que lentamente introduzir sólidos na alimentação da criança, a partir dos quatro meses, poderia ser benéfico.
Os dados mostram que as indicações raramente são cumpridas. Na Grã-Bretanha, apenas 1% dos bebês são amamentados até os seis meses.

Amamentação: qual o tempo ideal para parar?

Amamentação: qual o tempo ideal para parar?

 





Um novo debate sobre quanto tempo as mamães devem amamentar seus bebês antes de dá-los alimentos sólidos esquentou nas últimas semanas.
O conselho atual da Organização Mundial de Saúde (OMS) é amamentar exclusivamente por seis meses. Mas um novo relatório indica que, se as mães seguirem essas linhas, seus bebês podem acabar anêmicos, com maior risco de alergias e doença celíaca, para não falar nas propensões a odiar verduras e obesidade.
Pesquisadores citam novas evidências que os bebês correm o risco de desnutrição e anemia se as mães insistirem em amamentá-los por todos os seis meses, devendo parar antes. Os bebês também estão em maior risco de alergias, embora ninguém possa dizer com certeza qual a melhor época para dar alimentos potencialmente alergênicos, como amendoim.
Outros especialistas defenderam as atuais orientações da OMS. Segundo eles, o leite materno confere muitos benefícios de saúde para o bebê que duram uma vida. Eles acreditam que seria um retrocesso mudar tais orientações, notando que uma nova política poderia beneficiar apenas a indústria de alimentos infantis que – obviamente – não quis apoiar as orientações de amamentação exclusiva durante 6 meses.
A ironia final é que praticamente ninguém tem conhecimento dos conselhos da OMS e cerca de 65% das nações do mundo não adotam essa linha. No entanto, pelo menos algumas coisas são sagradas. Segundo os cientistas, o valor da amamentação, superior a mamadeira, é incontestável, e não está em debate. O que muda é que o aleitamento materno exclusivo até seis meses é justificado nos países mais pobres, mas nos países mais ricos pode ser a hora de reavaliar o melhor momento para o desmame.

Transplante de ovário permite nascimento e bebê

Transplante de ovário permite nascimento e bebê

 

bebê recém nascido


Médicos franceses tiveram sucesso na gravidez de uma mulher que teve seu tecido do ovário retirado antes de começar tratamento para anemia do tipo falciforme. A mulher, que não teve o nome revelado, deu à luz a uma garotinha no dia 22 de junho, depois de ter seu tecido ovariano transplantado de volta.
A mulher tinha anemia falciforme, e precisava de medicamentos para se preparar para um transplante de medula óssea, então médicos removeram e preservaram os tecidos do ovário dela – o que causou uma menopausa induzida durante dois anos. A equipe do médico Pascal Piver transplantou dez pequenos pedaços dos tecidos, e depois de três dias transplantou o resto. A ideia por trás do processo com dois passos é melhorar o crescimento de novos vasos sanguíneos.
A mulher engravidou sem a necessidade de fertilização artificial, de acordo com um relatório apresentado pela equipe de Piver. Os médico também afirmam que outra paciente, que tinha uma doença nos vasos sanguíneos e precisou de medicação imunossupressora fez o mesmo procedimento e está grávida.
Congelamento rápido
Outra equipe de pesquisadores afirma ter descoberto que a melhor maneira de congelar os tecidos dos ovários de mulheres com câncer é congelando-os rapidamente – e não lentamente, como é o procedimento mais comum.
A descoberta foi deita depois de um estudo com 15 jovens mulheres com câncer que tiveram os ovários removidos. Algumas das pacientes tiveram os ovários rapidamente congelados e outros ovários foram congelados com o procedimento padrão. Para comparação, os pesquisadores também estudaram nove mulheres que tiveram transplante de tecidos ovarianos frescos de gêmeas idênticas.
O resultado foi que os óvulos congelados imediatamente se mostraram tão viáveis quanto os óvulos dos tecidos frescos, e os dois métodos foram mais eficientes que o método de congelamento lento.
Estes exemplos não são os primeiros transplantes ovarianos conhecidos: em 2004, pesquisadores holandeses conseguiram transplantar o ovário de uma mulher de 29 anos no braço dela, depois que ela recebeu tratamento para câncer cervical. O braço foi utilizado por ser um lugar de fácil acesso, e se ela quisesse engravidar, os óvulos seriam fertilizados por processos artificiais.
Em 2005, uma mulher infértil de 24 anos deu à luz depois de receber um transplanta de tecidos de sua irmã gêmea. A Sociedade Americana do Câncer, localizada nos Estados Unidos, alerta que o modo mais comum e bem-sucedido de preservar a fertilidade em pacientes de câncer é congelar os embriões concebidos através da fertilização in vitro, utilizando óvulos da mulher. O congelamento de tecidos ovarianos ainda é uma opção experimental.

Não tem ideia do que seu bebê está pensando? O Exmobaby lhe dirá

Não tem ideia do que seu bebê está pensando? O Exmobaby lhe dirá




Bebês não falam. Eles vazam, cheiram (por conta do vazamento) e fazem barulho, mas, tirando isso, não temos a menor ideia do que eles estão pensando. O novo sensor Exmobaby pode mudar isso.
O Exmobaby é um macacão para bebê equipado com sensores de não contato de eletrocardiograma (ECG) que monitora a taxa de coração do bebê, a temperatura da pele e seus movimentos e, em seguida, transmite os dados através de um dispositivo ZigBee conectado a um computador com Windows.
O sistema também envia alertas de texto e e-mails, automaticamente e em tempo real, conforme o estado do bebê muda.
O traje foi projetado para atender crianças de até um ano de idade e será comercializado para pais de primeira viagem. Atualmente, o Exmobaby está em fase de testes em hospitais e centros médicos selecionados, e pode ter a aprovação da Administração de Drogas e Alimentos americana e chegar ao mercado em breve.
Como funciona

Após dados suficientes serem registrados, o software associado ao macacão será capaz de prever o estado emocional do bebê.
Exmovere Holdings, o designer de Exmobaby, usou algoritmos de detecção de emoções que envolvem dois tipos de dados de sinais vitais: excitação (energia/alerta) e valência (humor).
O software compara a frequência cardíaca, temperatura e dados de movimento (excitação) para variabilidade da frequência cardíaca e temperatura da pele (valência).
Normalmente, estes dados, se acompanhados ao longo do tempo, permitem que um sistema “adivinhe” como está uma pessoa a partir de uma série de palavras que poderiam ser usadas para descrever um estado emocional: raiva, fadiga, depressão, alegria, etc.
Para isso funcionar, normalmente as pessoas confirmariam ou negariam a avaliação do sistema. Com o tempo, isto permite que os algoritmos de software tenham maior precisão. No caso dos bebês, Exmovere está pedindo aos seus usuários para experimentar algo novo: indicação.
O software Exmobaby monitora as tendências em estados vitais, e os pais serão convidados a nomear os estados, tais como “risonho” ou “mal-humorado”, para que o sistema possa alertá-los quando as leituras subjacentes corresponderem aos estados detectados.
A ideia é demonstrar a ligação entre as mudanças nos dados de sinais vitais e estados mentais. É também criar um nível mais profundo de comunicação entre bebês e seus pais no início de um relacionamento tão crítico.
Ainda não sabemos que preço terá o dispositivo.

Por que DEVEMOS dar doces às crianças?

Por que DEVEMOS dar doces às crianças?

 

criança doces

Como qualquer mãe ou pai sabe, crianças são fanáticas por doce desde pequeninas. Agora, uma nova pesquisa da Universidade de Washington indica que a fixação que eles sentem por balas e chocolates tem uma explicação biológica. Aparentemente, a sede por açúcar está relacionada à taxa de crescimento acelerado dessa fase da vida.
“A relação entre doces e o crescimento faz sentido. Quando o crescimento é rápido, a demanda calórica do organismo aumenta. Crianças são biologicamente obrigadas a gostar de doces porque eles preenchem uma necessidade nutricional, que faz com que busquem fontes de energia” explica uma das autoras do estudo, Danielle Reed.
Estimular a imaginação da criança melhora seu apetite
Em qualquer cultura do planeta, crianças preferem um maior nível de açúcar em seu alimento, se comparadas com adultos. Não importa se na China, na Arábia, nos EUA ou no Brasil – a preferência é unânime e comprovada. Esse padrão declina quando a criança entra na adolescência. Para explorar esse fato, os cientistas analisaram as dietas e o crescimento de crianças e adolescentes entre 11 e 15 anos de idade.
As descobertas indicam que a necessidade por doces é proporcional à taxa de crescimento das crianças. Quando seu crescimento desacelera, a vontade de comer doce também diminui.
Fora o crescimento acelerado, outras características relacionadas à adolescência, como a puberdade e o nível dos hormônios sexuais, não foram considerados ligados à necessidade por doces.
Crianças obrigadas a limpar o prato podem comer compulsivamente
Agora que os cientistas identificaram a causa da necessidade por doces nas crianças, o próximo passo é descobrir qual é o tipo de sinal que o cérebro da criança envia, pedindo açúcar para o organismo. “Queremos analisar os estímulos enviados pelo organismo” declara Susan Coldwell, que liderou os estudos.
É claro que você não vai passar a dar balas e chocolates à vontade para o seu filho, mas pode cuidar para que eles ingiram bastantes calorias provenientes de ‘doces’ saudáveis como frutas, por exemplo.

6 dicas para combater distúrbios do sono em crianças

6 dicas para combater distúrbios do sono em crianças

 





O sono é importante na vida das crianças por diversas razões: quando elas não dormem no mínimo nove horas por dia, podem ficar cansadas, mal-humoradas, irritadiças e agressivas; também podem perder a capacidade de concentração, de foco e de resolver problemas. Além disso, o hormônio do crescimento é secretado durante o sono. Sendo assim, aproveite algumas dicas para driblar os principais problemas que atingem as crianças durante a noite:

1 – Apneia e ronco

Crianças que sofrem de apneia param de respirar diversas vezes durante a noite e, cada vez que isso acontece, elas têm dificuldade para voltar a dormir. “Essas crianças geralmente apresentam problemas comportamentais e de aprendizado, além de ter chances maiores de sofrer com pressão alta”, diz a médica americana Judith Owens. Um estudo recente mostrou que um quarto das crianças do ensino fundamental sofria de apneia leve; 1% delas apresentava casos mais severos. Às vezes, a causa é infecção das vias respiratórias, em outros casos, amídalas ou adenóide inchadas.
Diagnóstico: Crianças com apneia geralmente têm a respiração pesada ou roncam. O peito da criança pode mexer com vigor durante o sono, ou sua cabeça pode mover para trás na tentativa de respirar.
Dica: A única maneira de saber com certeza é sob supervisão médica. O problema pode ser solucionado por meio de cirurgia de remoção de amídalas ou dieta. Remédios também podem amenizar a condição.

2 – Ansiedade

Problemas na escola ou em casa, medos comuns entre crianças, ou falta de costume de dormir sozinha podem causar ansiedade na criança. O resultado? Falta de sono.
Diagnóstico: Se a criança está exausta e mesmo assim se recusa a ir dormir, ou tem dores repentinas na hora de ir para cama, a causa pode ser ansiedade. Ela pode pedir água, abraços ou inventar qualquer outra desculpa para não ter que fechar os olhos e ir dormir.
Dica: Não julgue ou brigue com a criança, diz a diretora do Instituto do Sono de Nova Jersey, EUA, Susan Zafarlotfi. Sugira que ela escreva sobre suas preocupações em um diário. “Escrever ajuda a se livrar dos problemas e não levá-los para a cama”, diz ela. Faça com que ela lide com seus medos na manhã seguinte, mas, se o problema persistir, consulte um pediatra. Crianças com mais de cinco anos gostam de agradar e respondem melhor quando recebem recompensas, ainda mais quando elas escolhem qual será a compensação.

3 – Pouco exercício, muito computador

Crianças ativas dormem melhor. Pesquisadores da Nova Zelândia relacionaram cada hora de inatividade durante o dia a três minutos de dificuldade para dormir de noite. “Exercícios físicos produzem substâncias químicas que ajudam a relaxar e a dar sono”, disse o pesquisador em pediatria da Universidade de Miami Shahriar Shahzeidi. Passar horas no computador antes de dormir também atrapalha em parte porque o brilho do monitor pode atrapalhar o ciclo de período de sono.
Diagnóstico: A criança passa metade do dia sentada na escola e a outra metade no computador ou na TV.
Dica: Estimule a criança a realizar atividades físicas. Se ela não está envolvida em nenhum esporte, sugira algum, ou limite o tempo que ela pode ficar na frente da TV ou do computador. Contudo, evite que ela se exercite logo antes do horário de dormir.

4 – Acordar no meio da noite

Qualquer problema físico, como dor de estômago ou dores musculares, pode fazer com que a criança acorde no meio da noite. Entretanto, as causas mais comuns são alergias, asma e refluxo. Segundo o médico Julian Allen, aquelas que sofrem com asma ou alergias podem passar o dia bem e sofrer à noite, porque, neste período, o processo inflamatório piora e as vias respiratórias ficam mais estreitas.
Diagnóstico: Apesar de dormir cedo, a criança fica irritada na escola, ou pega no sono na hora do jantar. Outra característica são tosses ou espirros à noite, olhos inchados e nariz escorrendo de manhã.
Dica: Procure alergistas para receitar remédios que controlem as alergias e os processos inflamatórios.

5 – Sonambulismo

A médica Karen Ballaban, de Nova Iorque, EUA, alerta que entre 20% e 40% das crianças em idade escolar sofrem de sonambulismo. O culpado? Um estágio de sono incompleto que faz com que o cérebro continue “dormindo” enquanto o corpo pode se mover por aí.
Diagnóstico: Geralmente, o sonambulismo ocorre nas primeiras horas de sono.
Dica: O problema, provavelmente, irá passar com o tempo. Enquanto isso, tire obstáculos do caminho da criança. Se você encontrar a criança no meio do caminho, gentilmente a leve de volta para a cama (você pode até tentar acordá-la, mas é difícil). Se acontecer com muita frequência, procure um pediatra.

6 – Tremedeira nos membros

Existe um distúrbio que faz com que as pernas e os braços da criança se movam involuntariamente durante o sono e pode atrapalhar o descanso delas. Geralmente é causado por deficiência de ferro, ácido fólico, ou dopamina.
Diagnóstico: A criança treme os membros superiores e inferiores durante a noite ou mesmo quando está acordada e parada.
Dica: Peça ao pediatra exames para avaliar o nível de ferro e de ácido fólico. Massagem também pode ajudar.
Dica extra: Uma boa noite de sono começa horas antes da criança ir para cama. Evite oferecer chocolate ou refrigerantes que contenham cafeína, mantenha horários bem controlados, controle o uso do celular, tome cuidado com filmes de terror e outras coisas que assustem crianças. Ajude a transformar a hora de dormir em algo prazeroso com histórias, um abraço e um ambiente confortável.

Pais não ensinam seus filhos a guardar dinheiro, mas deveriam

Pais não ensinam seus filhos a guardar dinheiro, mas deveriam

 




 Uma nova pesquisa feita pelo Instituo Americano de Contadores Públicos Certificados (AICPA, na sigla em inglês) descobriu que os pais não acham que é importante falar sobre dinheiro com seus filhos.
O Instituto contabilizou as respostas de 1.006 adultos. Os resultados mostraram que os pais costumam falar ou acham importante falar sobre os benefícios de bons hábitos alimentares, tirar boas notas e os perigos de drogas, álcool e tabagismo, mas não consideram economia um assunto tão essencial. Inclusive, 30% dos pais disseram que nunca ou raramente falavam sobre dinheiro com seus filhos, e apenas 13% discutiam questões financeiras em uma base diária.
A pesquisa também descobriu que os pais geralmente esperam até que as crianças tenham pelo menos 10 anos de idade para ter as primeiras conversas sobre dinheiro e poupança.
Só que os pesquisadores não acham que essas atitudes estão corretas. “Dinheiro deve receber a mesma atenção que ‘por favor’ e ‘obrigado’ em casa. A educação financeira desenvolve habilidades críticas que ajudam a colocar objetivos de vida ao alcance e fortalecer a economia. Os pais devem fazer das lições financeiras uma prioridade tanto na conversa quanto na ação tão cedo quanto possível”, opina Ernie Almonte, vice-presidente do AICPA.

Dicas para falar de dinheiro com seus filhos

  • Comece a conversar sobre dinheiro o mais cedo possível, ou seja, assim que as crianças mostrarem interesse em dinheiro ou fizerem perguntas relacionadas a dinheiro e poupança;
  • Os pais podem mostrar efetivamente aos filhos a importância do dinheiro e da poupança, usando momentos propícios para ensiná-los. Por exemplo, os pais podem fazer os filhos economizarem para comprar um brinquedo ou uma roupa, em vez de apenas comprar para eles;
  • Os pais devem falar sobre dinheiro e poupança de uma forma que informe seus filhos. Por exemplo, falar sobre as férias da família e como a família vai guardar dinheiro para poder viajar;
  • Os pais devem dar um bom exemplo para seus filhos, para que eles realmente comecem a entender finanças. Ou seja, não podem ser relaxados quanto às suas contas e devem ter uma poupança. “Tão importante quanto ensinar seus filhos sobre dinheiro é ter certeza que você está ensinando-lhes as lições corretas”, diz Almonte;
  • Não reclame das contas perto de seus filhos. Não é interessante envolvê-los em coisas que eles estão impotentes para fazer algo a respeito. Mas você pode explicar o que está acontecendo, e depois pedir-lhes para ajudar com coisas que eles podem gerenciar. Por exemplo, ter uma conversa sobre como o momento financeiro não é ideal e ensinar-lhes a economizar energia se a conta estiver alta é uma boa saída;
  • Se seus filhos perguntarem quanto você ganha, especialistas acham que você pode contar. Mas tome cuidado. As pessoas têm medo de dizer o quanto ganham porque acham que pode parecer muito, ou pouco, e têm vergonha disso. A dica então é explicar a situação e garantir que seu filho não pegue esse número e faça comparações que não são cabíveis. Tudo deve ter seu contexto, e as crianças não podem se envergonhar de nada.

Conclusão

Crianças fazem a associação muito cedo entre o dinheiro e a capacidade de comprar as coisas. Então, nunca é cedo demais para falar sobre isso. O maior erro, aliás, é não falar sobre isso, porque as crianças vão chegar a suas próprias conclusões sobre como funciona o dinheiro com base no que elas veem e ouvem. E isso sempre vai levar a conclusões errôneas, já que estamos falando da mente de uma criança.
Mais: se esses entendimentos não são contestados, quando elas se transformam em adultos, operam a partir dessas crenças.
Por exemplo, se uma criança cresce em uma família que está passando por dificuldades financeiras, ela pode ter a convicção de que nunca terá dinheiro suficiente.
Então, pode se tornar uma pessoa que trabalha demais, guarda muito dinheiro, e nunca o gasta. Ou pode se tornar muito “gastona”, porque não tem esperanças de conseguir guardar muito dinheiro.
Então, introduza o assunto e compartilhe seus valores financeiros com seus filhos. Quando você não puder comprar algo para eles, explicar por que. É importante que as crianças saibam que não podem ter tudo o que querem, mas também é bom deixar claro que isso não significa que ela nunca vai poder ter aquilo.
Ensinar que existem coisas melhores que dinheiro na vida também é importante. Por exemplo, explique a seus filhos que você não pode comprar tal videogame agora, mas que você guardou dinheiro para viajar com eles e ter uma experiência juntos é importante que um bem material.

Separação da mãe após o nascimento é estressante para o bebê

Separação da mãe após o nascimento é estressante para o bebê

 





Quando uma mulher dá à luz em um hospital, muitas vezes o recém-nascido é colocado para dormir em um berço próximo, ou levado para o berçário do hospital para que a mãe possa descansar.
A separação também é muito comum para os bebês prematuros, que normalmente são colocados em uma incubadora. Além disso, médicos recomendam que as mães não durmam com os bebês pelo risco de síndrome de morte súbita infantil (SMSI).
Apesar de essa prática ser comum, particularmente entre as culturas ocidentais, uma nova pesquisa fornece evidências de que separar as crianças de suas mães é estressante para o bebê.
Os seres humanos são os únicos mamíferos que separam as mães dos bebês logo após o nascimento, mas o impacto fisiológico que isso provoca era desconhecido até agora.
Pesquisadores mediram a variabilidade da frequência cardíaca em bebês de dois dias de idade dormindo ao lado da mãe e sozinhos em um berço ao lado da mãe. A atividade autonômica neonatal foi 176% maior e o sono foi 86% mais tranquilo na relação pele a pele com a mãe.
Mais pesquisas são necessárias para entender melhor a resposta da separação no recém-nascido, incluindo se ela tem qualquer efeito a longo prazo no desenvolvimento neurológico da criança.

Roupa high-tech para bebê muda de cor quando ele tem febre

Roupa high-tech para bebê muda de cor quando ele tem febre

 

babyglow 


Já é passado o tempo em que a mãe tinha que criar vínculos com seu filho, segurá-lo no colo e colocar os lábios na sua testa, para medir sua temperatura.
Nos últimos seis anos Chris Ebejer trabalha na criação da “Babyglow”, roupa que muda de cor quando o bebê começa a ter aumento na temperatura corporal – o que pode ser sinal de várias doenças, como meningite. Agora, o pai de um filho adolescente assinou um contrato de mais de 12 milhões de libras (R$ 39 milhões) com uma empresa para fazer com que a produção da “Babyglow” se torne global.
De acordo com Ebejer, a roupa que muda de cor para avisar o aumento da temperatura da criança para os pais “comunica o que um bebê não consegue”. “Mães vão considerar o produto inestimável”, afirma. Nos seis anos produzindo a roupa, ele gastou 700 mil libras trabalhando com cientistas para desenvolver um pigmento sensível ao aquecimento. Quando a temperatura do bebê fica maior que 37 graus, a roupa – que vem nas cores azul, rosa e verde – fica branca. As roupas começarão a ser vendidas na Inglaterra a 20 libras, e não têm previsão de chegada no Brasil.

Horário fixo para dormir melhora o sono de crianças e bebês (e mamães)

Horário fixo para dormir melhora o sono de crianças e bebês (e mamães)

 

bebê dormindo


Um novo estudo mostra que quando a criança tem um horário fixo para ir para a cama contribui para um bom sono e em melhoras de humor. Além disso, o humor materno também melhora.
De acordo com a pesquisa, problemas no sono são alguns dos principais problemas que os pais de crianças mais novas sofrem. Também foi descoberto que entre 20 e 30% das crianças possuem problemas para dormir.
Estudos anteriores mostraram que o sono dos pais é afetado por estes distúrbios dos filhos, logo, quando uma criança não dorme bem, seus pais também não têm uma noite satisfatória de sono e passam por mudanças de humor, e sofrem de estresse.
Jodi Mindell, coordenadora dos estudos, declara que se o sono da criança for tranqüilo, o sono de sua mãe também será, e a qualidade de vida dos dois irá melhorar. “Criar uma ‘rotina de sono’ é fácil e pode causar uma melhora significativa na vida da família” explica.
“A mãe não se sentirá tensa, depressiva e cansada e ficará mais calma, o que também ajudará no humor da criança. A mãe fica calma na hora de colocar o filho para dormir e a criança cai no sono mais facilmente” detalha Mindell.
Pesquisas anteriores mostraram que rotinas, em geral, tornam a vida mais simples e menos estressante para as crianças.
Os autores da pesquisa ficaram surpresos ao constatarem que a duração do sono aumenta quando ele é “inteiro”. As pessoas dormem menos quando acordam de noite, não dormem até mais tarde, como antes se acreditava. Além disso, a qualidade do sono melhora muito quando ele não é fragmentado.
O estudo enfatiza a importância que pediatras devem dar ao sono e a necessidade de serem criados tratamentos para crianças com distúrbios na hora de dormir.

Ouvir um bebê chorar aumenta níveis de testosterona

Ouvir um bebê chorar aumenta níveis de testosterona

 




Pesquisadores da Universidade de Michigan (EUA) investigaram um inusitado funcionamento hormonal no corpo humano. Aparentemente, quando um homem ouve um bebê chorar e tenta fazê-lo parar sem sucesso, a atividade desencadeia o aumento de testosterona no organismo.
A relação entre o comportamento e os hormônios foi o tema de estudo dos endocrinologistas americanos. A liberação de hormônios no corpo, conforme explicam os cientistas, está ligada a ações e reações que nem sempre correspondem ao estereótipo de atitudes masculinas. A urgência em ninar uma criança, para fazê-la deixar de chorar, é apenas um exemplo.
Nos Estados Unidos, é comum pais fazerem cursos de educação de filhos, para praticar situações reais. No caso específico que os pesquisadores analisaram, a cena é simulada com uma boneca que chora em volume alto, e tem sensores que detectam certos movimentos e simulam a existência de um bebê de verdade.
A pesquisa recrutou 55 homens, a maioria em idade de frequentar a faculdade, para o experimento. Antes de iniciar o teste, cada voluntário cedeu uma amostra de saliva para medir os níveis hormonais naquele instante. Em seguida, foram divididos em quatro grupos para cumprir determinadas tarefas.
O primeiro grupo simplesmente sentava em uma salinha de espera por alguns minutos, tirava outra amostra de saliva e ia para casa. A segunda parcela ficava o período do teste ouvindo o som gravado do choro de um bebê.
As tarefas mais complicadas estavam nos dois últimos grupos, que deveriam ninar a boneca que simulava o choro infantil. A diferença é que as bonecas do terceiro grupo contavam com o sensor que fazia a boneca se “acalmar” com o tempo, enquanto a última parte dos pesquisados era obrigada a acalentar uma boneca que não pararia de chorar jamais.
Ao final de oito minutos, todos tiveram seus níveis hormonais novamente testados através da saliva. E os resultados confirmaram a teoria: quanto mais impotente no ato de parar o choro da criança, maior o aumento de testosterona. O grupo que era obrigado a apenas ouvir o som gravado, mas sem ter uma boneca em mãos, experimentou um aumento médio de 20% do hormônio no organismo.
A pesquisa mostra, conforme explicam os pesquisadores, que nem sempre os níveis de testosterona de um homem estão relacionados com fatores de saúde “tradicionais”: o modo como cada pai age com seus filhos pode ser um fator importante nesta balança.

Estudo: deixar seu bebê chorar pode fazer bem para ele

Estudo: deixar seu bebê chorar pode fazer bem para ele

 




Uma estratégia que certamente deixará chocados muitos pais de crianças pode, na verdade, fazer bem para eles e seus filhos: de acordo com estudo publicado recentemente na revista Pediatrics, deixar seu filho chorando por alguns minutos ao invés de confortá-lo imediatamente pode reduzir o estresse da criança (e dos pais).
O grupo de pesquisadores, do Instituto de Pesquisa Murdoch’s Children (Austrália), acompanhou famílias de 225 crianças de sete meses de idade até que elas completassem seis anos. Os pais (que relataram que seus filhos tinham problemas para dormir) foram divididos em dois grupos: um de controle (ou seja, sem intervenção dos pesquisadores) e outro que foi aconselhado a seguir orientações da equipe.
Além de criar uma rotina para a hora de dormir, os pais que faziam parte do segundo grupo foram orientados a escolher entre duas técnicas: a do “conforto controlado”, na qual a cada noite esperavam mais tempo para acalmar o filho na hora do choro; e a do “acampamento”, na qual eles acalmavam o filho, dormiam no quarto dele e lentamente se retiravam depois que a criança voltasse a dormir.

Paternidade com menos estresse

A primeira alternativa, relatam os pesquisadores, leva cerca de uma semana até começar a mostrar efeitos – na primeira noite, dois minutos de espera; na segunda, cinco; na terceira, oito, e assim por diante, até um limite que os pais considerem bom. Já a outra, recomendada para pais que não se identificam com a ideia de deixar seus filhos chorando, apresenta efeitos depois de duas ou três semanas.
“Usar técnicas de sono como as mencionadas, com bebês de seis meses de idade ou mais, ajuda a reduzir tanto os problemas de sono da criança como a depressão maternal associada a esses problemas”, conta a pesquisadora Anna Price, principal autora do estudo. Também foi concluído que esses efeitos duram pelo menos até a criança completar dois anos de idade e vão diminuindo até os seis anos.
Price ressalta que a técnica do “conforto controlado” não envolve “abandonar” a criança a noite toda até que ela pare de chorar por conta própria (a equipe não recomenda esta prática, considerada estressante para a criança e para os pais). Para bebês com menos de seis meses de idade, a pesquisadora recomenda apenas a criação de uma rotina, reforçando que é hora de dormir – dando um banho, contando uma história, fazendo uma massagem.
E você, leitores(as) que já acordaram no meio da noite para acalmar seus filhos, o que acham?