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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Baixos níveis de vitamina D podem causar problemas na gravidez

Baixos níveis de vitamina D podem causar problemas na gravidez

 




Um novo estudo descobriu que mulheres que possuem níveis altos de pressão sanguínea, problema relacionado com gravidez de alto risco, tendem a ter níveis mais baixos de vitamina D no sangue do que grávidas saudáveis – levantando a possibilidade de que a vitamina pode influenciar complicações na gestação.
Esse problema, em seu estágio precoce, é conhecido como pré-eclâmpsia grave, e surge em cerca de 2 a 3% das gestações, sendo responsável por cerca de 15% dos nascimentos prematuros nos EUA por ano.
A pré-eclâmpsia é uma síndrome marcada por aumento súbito da pressão arterial e acúmulo de proteínas na urina devido à pressão sobre os rins. O início precoce da eclâmpsia é uma forma particularmente grave que surge antes da 34ª semana de gravidez.
No estudo atual, os pesquisadores descobriram que os níveis de vitamina D eram geralmente mais baixos entre as 50 mulheres com pré-eclâmpsia grave em comparação com as 100 gestantes saudáveis. A média do nível de vitamina D no primeiro grupo foi de 18 nanogramas por mililitro (ng/mL), versus 32 ng/mL no segundo grupo.
Há um debate sobre o nível adequado de vitamina D no sangue, mas muitos especialistas dizem que pelo menos 32 ng/mL é necessário para uma boa saúde em geral. Nas mulheres grávidas, o aumento de 10 ng/mL de vitamina D no sangue foi associado a uma redução de 63% na probabilidade de complicação.
A vitamina D atua como um hormônio, e pesquisas de laboratório descobriram que ela pode afetar a regulação e a função de proteínas na placenta. Problemas no desenvolvimento da placenta são considerados as raízes da pré-eclâmpsia.
Existem várias pesquisas que encontraram conexões entre os níveis de vitamina D no sangue, ou da ingestão de vitamina D, e os riscos de uma série de problemas de saúde. Vitamina D baixa é relacionada a maiores riscos de diabetes tipo 1, ataques de asma grave, doenças cardíacsa, certos tipos de câncer e depressão. Mas se a vitamina D é a razão para tais riscos em excesso – e se tomar suplementos pode reduzir esses riscos – ainda não foi provado.
Se a vitamina D estiver envolvida no risco de pré-eclâmpsia, isso pode ajudar a explicar porque as mulheres afro-americanas têm maior risco de complicação que outros grupos raciais – mesmo quando fatores como renda e acesso a cuidados de saúde são levados em conta. A vitamina D é sintetizada naturalmente na pele quando esta é exposta ao sol. Esse processo é menos eficiente em pessoas com pele mais escura, e estudos afirmam que afro-americanos normalmente têm níveis baixos de vitamina D no sangue.
Muitos pesquisadores argumentam que as mulheres grávidas – e todas as outras pessoas – precisam de mais vitamina D do que oficialmente ingerem. No entanto, a investigação nos últimos anos tem desafiado as ideias sobre o que seria suficiente e o que seria demais para ingerir diariamente, e as recomendações estão atualmente em revisão.

Mulheres podem aumentar seu desejo sexual quando conversam sobre o assunto

Mulheres podem aumentar seu desejo sexual quando conversam sobre o assunto



Segundo uma nova pesquisa, falar sobre as dificuldades sexuais pode ajudar mulheres com desejo sexual baixo, uma das queixas femininas mais comuns, sem necessidade de nenhum medicamento.
Os pesquisadores analisaram o comportamento e os sintomas de 50 mulheres que foram escolhidas aleatoriamente para receber um placebo em um grande ensaio clínico de um tratamento medicamentoso para a excitação sexual baixa. Nem as mulheres nem os médicos sabiam se elas estavam tomando a droga real ou placebo.
Os resultados mostraram que as mulheres que sentiam desejo sexual baixo e conversaram com um médico sobre seus problemas de excitação melhoraram seus sintomas, mesmo tomando placebo.
Após 12 semanas de tratamento, os sintomas em cerca de uma em cada três destas mulheres experimentaram uma melhoria significativa. Inclusive, a maioria delas presenciou uma melhora durante as primeiras quatro semanas.
O fator mais importante de mudança dos sintomas foi o aumento na frequência dos encontros de satisfação sexual durante o tratamento. Muitas mulheres até relataram que receberam mais estímulos durante a atividade sexual enquanto participavam do estudo, sendo que seus parceiros sexuais não receberam quaisquer instruções especiais.
Segundo os pesquisadores, os resultados mostram que mesmo uma pequena intervenção pode ter um efeito positivo em muitas mulheres com disfunção sexual. Eles afirmam que isso não é nenhuma surpresa para os terapeutas sexuais, mas que o estudo sugere uma necessidade de investigar fatores comportamentais mais de perto nos ensaios clínicos.

Óvulos doados podem aumentar risco de complicação na gravidez

Óvulos doados podem aumentar risco de complicação na gravidez









Um novo estudo sugere que mulheres que usam óvulos doados para engravidar por fertilização in vitro (FIV) podem ter um risco maior para uma complicação na gravidez do que as mulheres que usam a fertilização in vitro tradicional.
Os cientistas já acreditavam que a técnica FIV, na qual um óvulo é fertilizado fora do corpo, e em seguida implantado no útero de uma mulher, aumentava o risco de pré-eclâmpsia. Agora, parece que usar um óvulo doado poderia aumentar ainda mais esse risco, porém, são necessários mais estudos para confirmar tais resultados.
Essa complicação ocorre quando a pressão sanguínea da mulher aumenta durante o segundo ou terceiro trimestre da gravidez, e os rins perdem a capacidade de reter proteínas. Apesar de relativamente comum, a pré-eclâmpsia não é bem explicada. A doença se desenvolve em cerca de uma em cada vinte gestantes, e a única cura é o parto.
Para as mulheres que carregam um bebê de pelo menos 37 semanas, os médicos podem induzir o parto. Em outros casos, os médicos acompanham as pacientes de perto para se certificar de que os sintomas não pioram até o parto.
Segundo os pesquisadores, a descoberta não deve ser alarmante ou assustadora. Pelo contrário; essa pode ser a hora de usar a descoberta para ajudar os médicos a entender o que causa a pré-eclâmpsia, e como aconselhar as pacientes que podem estar em risco.
Estudos anteriores mostraram que mulheres que usam o esperma de um doador, ou que ficam grávidas a partir da relação sexual com um novo parceiro apresentam os maiores índices de pré-eclâmpsia. Isso sugere que a condição pode estar relacionada à resposta imune do organismo às células que não reconhece. Assim, os pesquisadores resolveram testar se o padrão continuava válido para os óvulos que o corpo considerasse “estranhos”.
Eles compararam 77 mulheres que tiveram filhos com óvulos doados, entre 1998 e 2005, com 81 mulheres com características semelhantes que tinham ficado grávidas por FIV usando seus próprios ovos. Os pesquisadores notaram quantas mulheres em cada grupo foram diagnosticadas com pré-eclâmpsia ou pressão arterial alta associada à gravidez durante o terceiro trimestre, bem como quantas deram à luz a seus bebês prematuramente.
Os resultados mostram que cerca de 5% das mulheres que usaram seus próprios óvulos desenvolveram pré-eclâmpsia, comparado com quase 17% das mulheres que usaram óvulos de doadoras. Mulheres que usaram óvulos de doadoras também foram mais propensas a ter pressão arterial alta sem problemas renais, e partos prematuros.
Os resultados também apontam que mulheres que engravidaram usando embriões congelados e descongelados tinham maior risco de pré-eclâmpsia do que mulheres que usaram embriões frescos.
Os pesquisadores sugerem que os médicos mantenham um olho nas pacientes que engravidaram usando óvulos doados, para se certificar de que elas não comecem a desenvolver sinais de pré-eclâmpsia.
Ainda assim, os cientistas advertem que esse estudo foi pequeno, e que, ao invés de olhar registros de mulheres que já deram à luz, novas pesquisas deverão ser iniciadas com mulheres assim que elas fiquem grávidas, para controlar sua saúde conforme elas passam por sua gravidez. Embora mais difícil de realizar, esse tipo de estudo muitas vezes pode gerar informações mais precisas.
Ainda assim, o estudo realizado pode fornecer aos cientistas mais pistas sobre como a pré-eclâmpsia se desenvolve. Os sinais continuam a apontar que a doença tem algo a ver com a resposta imunológica do organismo quando ele reconhece células estranhas. Isso faria sentido, pois a resposta imune é importante tanto na implantação quanto no desenvolvimento do feto.
Os médicos precisam aprender mais sobre a forma como o feto se implanta no útero, porque este é, provavelmente, o período no qual se inicia a pré-eclâmpsia, mesmo que as mulheres não apresentem sintomas até o segundo ou terceiro trimestre.
Segundo os pesquisadores, a mensagem principal do estudo não é que as mulheres que engravidam usando óvulos doados devem ter medo de desenvolver pré-eclâmpsia. É que os médicos devem estar cientes dos possíveis riscos envolvendo as pacientes, e, mais importante, que monitorem a resposta do sistema imunológico das mulheres grávidas.

Como os óvulos atraem o esperma?

Como os óvulos atraem o esperma?












Quando um óvulo humano está pronto para ser fertilizado, ele libera químicos que atraem o esperma que pode estar pelos “arredores”. Agora que cientistas descobriram como essa mecânica acontece, é possível criar anticoncepcionais que não sejam hormonais.
Biólogos sempre souberam que o óvulo liberava químicos para encorajar o esperma, mas a natureza molecular dessa interação não era conhecida.
Pesquisas da Universidade da Califórnia, em São Francisco, EUA, estudaram o movimento dos espermatozóides e descobriram que, quando entram em contato com a progesterona, eles parecem desenvolver mais energia e se movem mais rápido.
A progesterona também se liga a um canal de íons dentro dos espermatozóides e isso faz com que um fluxo de íons os impulsione.
Essa descoberta pode ser o início dos anticoncepcionais não-hormonais – os anticoncepcionais hormonais atuais causam risco de câncer e doenças cardiovasculares.